terça-feira, 11 de junho de 2013

Pesquisa desenvolvida pelo Campus IV da UEPB incentiva agricultura familiar no Sertão paraibano

Um trabalho de campo desenvolvido por um grupo de alunos do curso de Ciências Agrárias do Campus IV da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Catolé do Rocha, tem promovido a sustentabilidade da agricultura familiar em uma das regiões mais secas da Paraíba. Sob a orientação do professor Raimundo Andrade, o projeto de iniciação científica visa analisar o efeito da fertilização orgânica sobre o desenvolvimento do algodoeiro colorido BRS Topázio nas condições edafoclimáticas de Catolé do Rocha.
A pesquisa está sendo desenvolvida pelos alunos Josimar Nogueora da Silva, Janailson Ferreira de Figueiredo, Joselma Nogueira da Silva, Paulo Cássio Alves Linhares, Toni Halan da Silva, Jaiane Alves de Sousa, Gilmar Gomes da Silva, Mário Leno Martins Veras e Lunara de Sousa Alves. Para realizar o experimento, os estudantes cultivaram uma área de aproximadamente 300 metros quadrados.
Eles utilizaram diversos tipos de fertilizantes e dosagens diferentes. A ideia é descobrir como o produto se adequa as novas tecnologias e chega ao mercado com qualidade. Ao longo dos últimos 90 dias – tempo em que o projeto está em execução – o grupo de alunos e o coordenador realizaram intenso trabalho de campo, acompanhando todo o desenvolvimento do algodão, desde o plantio, passando pela fase de adubo e crescimento. O trabalho está em fase de produção e nos próximos dias será conhecido o resultado prático da experiência.
Coordenador da pesquisa, o professor Raimundo Andrade conta que a região de Catolé do Rocha, no Sertão da Paraíba, já foi grande produtora de algodão, principalmente no sistema lavoura-pecuária, onde se plantava o algodão e, após sua colheita, os restos culturais eram aproveitados pelo gado bovino. Com o advento das novas tecnologias, cresceu o interesse dos produtores no cultivo do algodão de fibra colorida na região Nordeste do Brasil pela agricultura familiar, tanto em manejo convencional quanto orgânico.
A coloração natural valoriza os produtos ecologicamente corretos e, além disso, se o algodão for produzido de forma orgânica, sem o uso de insumos e fertilizantes químicos, terá alto valor comercial. Segundo o professor Raimundo, a inclusão deste novo cultivar no mercado pode trazer aumento no rendimento dos cultivos, melhorar a qualidade dos solos por diminuir o uso de inseticidas e fertilizantes sintéticos quando cultivado em sistema orgânico.
A nova espécie BRS Topázio foi obtida por seleção genealógica aplicada em uma população derivada do cruzamento entre as cultivares Suregrow 31 e Delta Opal. Graças a pesquisas como a desenvolvida no Campus de Catolé do Rocha é que o algodão colorido na Paraíba, também chamado de “algodão ecologicamente correto”, já ganhou o mundo e chegou ao mercado internacional. O tecido é um produto sustentável, com apelo ético e de responsabilidade socioambiental. A matéria-prima cresce nos campos do Sertão paraibano, nas tonalidades marrom, rubi, verde e o branco tradicional. O produto gera riqueza e aquece a economia sendo usado principalmente na indústria têxtil.

Fonte: Pesquisa desenvolvida pelo Campus IV da UEPB incentiva agricultura familiar no Sertão paraibano

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