Autor: Josemir Moura Maia
Cientistas britânicos estão
explorando formas mais eficientes de energia solar tentando imitar o jeito com
que as plantas transformam luz solar em energia para produzir gás hidrogênio, o
qual deverá ser utilizado para abastecer veículos.
Eles estão trabalhando com
outros pesquisadores ao redor do mundo que também estudam fotossíntese
artificial, com o propósito de fornecer alternativas para a redução de emissões
de gases de efeito estufa provenientes de combustíveis fósseis.
A pesquisa será baseada em
biologia sintética e terá o objetivo de reproduzir artificialmente o processo
pelo qual as plantas concentram a energia solar para decompor a água em
hidrogênio e oxigênio.
"Vamos construir um
sistema de fotossíntese artificial, colocando pequenos painéis solares em
microorganismos", diz a pesquisadora Julea Butt da Universidade de East
Anglia (UEA).
O hidrogênio é um
combustível veicular atóxico e ainda pode ser usado para produzir eletricidade.
"Imaginamos que nossos
fotocatalisadores serão muito eficientes e versáteis e que, com pequenas
modificações serão capazes de aproveitar a energia solar para a produção de
combustíveis à base de carbono, drogas e produtos de química fina",
acrescenta ela.
O projeto de U$ 1,3 milhões
será executado por cientistas dos Estados Unidos, nas Universidades de
Cambridge e Leeds.
Os cientistas acreditam que
a fotossíntese sintética poderia ser mais eficiente no aproveitamento da
energia do sol do que os atuais conversores solares.
CORTE DE CO2
Muitos países têm implantado
pelo menos um tipo de energia renovável, como a solar, eólica ou
biocombustíveis, ou ainda, assim como o Brasil, usam uma mistura deles para
avaliar a competitividade, eficiência e lucratividade em relação aos
combustíveis fósseis.
Mas, como as emissões de
dióxido de carbono continuam a subir, alguns especialistas defendem que métodos
mais extremos sejam necessários para manter o aumento médio da temperatura
global abaixo de 2oC neste século, um limiar que os cientistas dizem que
poderia evitar os efeitos mais nocivos da mudança climática.
"Muitas fontes de
energia renováveis, como a solar, eólica e das ondas, permanecem como recursos
amplamente inexplorado. Isto é principalmente devido aos desafios que existem
na conversão destas formas de energia em combustíveis", afirma Butt.
Alguns dos métodos mais
extremos que estão sendo estudados são controversos, como a remoção de grandes
quantidades de dióxido de carbono da atmosfera e técnicas de geo-engenharia,
como bloquear a luz solar usando nuvens artificiais ou espelhos no espaço.
Essa tecnologia está longe
de ser empregada em grande escala e os custos são enormes.
Os críticos argumentam ainda
que estas técnicas manipulam o clima e são muito caras. No ano passado,
cientistas britânicos abandonaram um experimento de U$ 2,5 milhão para testar a
possibilidade de pulverização de partículas na atmosfera superior para conter o
aquecimento global.
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