segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

CIENTISTAS IMITAM PLANTAS PARA PRODUZIR COMBUSTÍVEL CARBONO ZERO


Autor: Josemir Moura Maia

Cientistas britânicos estão explorando formas mais eficientes de energia solar tentando imitar o jeito com que as plantas transformam luz solar em energia para produzir gás hidrogênio, o qual deverá ser utilizado para abastecer veículos.
Eles estão trabalhando com outros pesquisadores ao redor do mundo que também estudam fotossíntese artificial, com o propósito de fornecer alternativas para a redução de emissões de gases de efeito estufa provenientes de combustíveis fósseis.
A pesquisa será baseada em biologia sintética e terá o objetivo de reproduzir artificialmente o processo pelo qual as plantas concentram a energia solar para decompor a água em hidrogênio e oxigênio.
"Vamos construir um sistema de fotossíntese artificial, colocando pequenos painéis solares em microorganismos", diz a pesquisadora Julea Butt da Universidade de East Anglia (UEA).
O hidrogênio é um combustível veicular atóxico e ainda pode ser usado para produzir eletricidade.
"Imaginamos que nossos fotocatalisadores serão muito eficientes e versáteis e que, com pequenas modificações serão capazes de aproveitar a energia solar para a produção de combustíveis à base de carbono, drogas e produtos de química fina", acrescenta ela.
O projeto de U$ 1,3 milhões será executado por cientistas dos Estados Unidos, nas Universidades de Cambridge e Leeds.
Os cientistas acreditam que a fotossíntese sintética poderia ser mais eficiente no aproveitamento da energia do sol do que os atuais conversores solares.
CORTE DE CO2
Muitos países têm implantado pelo menos um tipo de energia renovável, como a solar, eólica ou biocombustíveis, ou ainda, assim como o Brasil, usam uma mistura deles para avaliar a competitividade, eficiência e lucratividade em relação aos combustíveis fósseis.
Mas, como as emissões de dióxido de carbono continuam a subir, alguns especialistas defendem que métodos mais extremos sejam necessários para manter o aumento médio da temperatura global abaixo de 2oC neste século, um limiar que os cientistas dizem que poderia evitar os efeitos mais nocivos da mudança climática.
"Muitas fontes de energia renováveis, como a solar, eólica e das ondas, permanecem como recursos amplamente inexplorado. Isto é principalmente devido aos desafios que existem na conversão destas formas de energia em combustíveis", afirma Butt.
Alguns dos métodos mais extremos que estão sendo estudados são controversos, como a remoção de grandes quantidades de dióxido de carbono da atmosfera e técnicas de geo-engenharia, como bloquear a luz solar usando nuvens artificiais ou espelhos no espaço.
Essa tecnologia está longe de ser empregada em grande escala e os custos são enormes.
Os críticos argumentam ainda que estas técnicas manipulam o clima e são muito caras. No ano passado, cientistas britânicos abandonaram um experimento de U$ 2,5 milhão para testar a possibilidade de pulverização de partículas na atmosfera superior para conter o aquecimento global.



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